3.4.4 Pontos de reflexão


Figura 3. 8 “Reflected Music” por Rafael Peñaloza is licensed under CC BY-NC-SA 2.0

Há várias características desta introdução que sugerem caminhos para interpretação.

  1. Esta é a única introdução sinfónica de Haydn a terminar numa dominante “errada”. A seguinte secção principal (a exposição) começa com a tónica em Mi bemol maior, criando uma surpreendente mudança harmónica com o final da introdução
  2. A unidade desta introdução é parcialmente explicada por uma pulsação de semínima quase contínua. A indicação de dinâmica assenta essencialmente num piano, com sforzandos e um diminuendo aparecendo nos últimos cinco compassos.
  3. Haydn brinca com vários elementos desta introdução no resto do andamento: não só usa os elementos melódicos da introdução em todos os temas (o que não é normal devido ao hábito de diferenciar e usar temas contrastantes), como também brinca constantemente em torno dos elementos cromáticos que aparecem na introdução e repete toda a introdução a meio do Allegro

    Esta secção proporcionou um modelo para analisar uma obra cuja direção se encontra em preparação. Em breve haverá uma quantidade considerável de conteúdo suplementar na Sala de Estudos ConductIT em www.conductit.eu que demonstra este processo para diferentes peças. Por enquanto, pode descarregar uma análise completa do primeiro andamento desta sinfonia aqui:
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