4.1 História

História

Há uma história popular que conta que o compositor francês Jean-Baptiste Lully (1632-1687) foi o primeiro maestro de Orquestra e, celebremente, morreu em decorrência de gangrena provocada por um ferimento causado por ter espetado acidentalmente no pé a batuta de maestro durante uma  apresentação do seu Te Deum. É uma boa história, publicada pela primeira vez quase 20 anos após a sua morte por Le Cerf de Viéville, mas que foi mal compreendida. (Holman, 2014). Lully não foi o primeiro maestro. Há inúmeros elementos de evidência, muito anteriores ao século XVII, que mostram como os músicos que tocavam juntos dependiam de um líder para mantê-los no tempo, como mostra a ilustração humorística do manuscrito da Figura 4.1. 

Evidência Iconográfica 

(reserve cerca de 5 minutos para esta atividade) 

Observe as Figuras 4.2 e 4.3 O que nota sobre os gestos das mãos apresentados nessas imagens? 


Figura 4.2 Lucca della Robbia, Cantoria (detalhe) c.1433, Catedral de Florença \ [crédito: “Luca della Robbia, Cantoria from the Duomo” by f_snarfe licenciado sob o CC BY-NC 2.0 ]

Figura 4.3 Detalhe da ilustração do manuscrito do Saltério de Jean,
Duc de Berry (Paris, Bib.. N., MS.  fr. 13091), iluminado por André Beauneveu, 1335 – 1403
wikimedia commons source

Discussão

Ambas estas imagens mostram Meninos de Coro ou clérigos a cantar a partir de um livro. Em ambos os casos, uma figura está a apontar para a página e a outra está a bater no ombro de outro cantor para marcar o tempo.

Gestos como os apresentados nas Figuras 4.2 e 4.3 são bastante comuns nas representações visuais de músicos desde a Idade Média até ao início do período moderno. Dizem-nos que os movimentos da mão são uma parte importante da atuação musical, mesmo que não possamos ‘ler’ os gestos da mesma forma que alguém da época o poderia ter feito.

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